O Medo está sempre guiando o traceur ou free runner, ele é que serve como inibidor e também como alívio após cada salto. O medo, de certa maneira, acaba sendo ao mesmo tempo o maior guardião, mas também o melhor caminho, para que o atleta consiga obter um controle equivalente dos movimentos que ele quer ou pretende executar, as distâncias proporcionais à sua real impulsão, por exemplo: nem tudo que o olho capta é de fato o que o seu corpo se dispõe a fazer, é sempre aconselhável a cada um que quer ou já pratica, independente de experiência, a ter a idéia precisa do ambiente que está ao seu redor, é claro que existiram situações que o praticante não terá muito tempo para analisar tudo. Mas em suma acaba sendo esta sensação humana de defesa, que torna o traceur, mas forte, mas responsável, mas preciso, e principalmente acaba quase que na maioria das vezes nos indagando, lá no fundo, umas perguntinhas interiores que nos dizem: Por que fazer isso? ; Será que eu sou capaz? ; O que ganharei? ; Será que é por mim que estou fazendo isso?
Entretanto, é de grande importância que o traceur e principalmente o free runner, ter a (ciência) consciência de praticar o “seu” parkour, aprimorar as “suas” limitações, e não agir de maneira irresponsável, fazendo algo que o mesmo realmente não tem idéia certa de que realizará, e mesmo assim o faz (por “n” motivos). Sim, sei também que nem todos os erros estão descartados, pessoas erram, estruturas se danificam, galhos quebram, superfícies escorregam, mas a questão é, pelo menos pra mim que já sofri com isso (uma parede que escorregou, um tênis que estava gasto de mais), mas estes são momentos normais, podem acontecer com qualquer um, mas destes, o pior é quando você inspirado por todos, empolgado por estar em tal momento, com tais pessoas e tal, momento este, que torna o seu “medo” mas fraco que seu “ego”, e acaba te ajudando a fazer algo que você “de véras” não esteja realmente preparado e ai que acontece o “erro”, que na maioria das vezes vem acompanhado de torções, fraturas, cortes, morte (Por que não?)...
O erro? Ah o erro, que vergonhoso... O problema não está no errar, ou na vergonha de ter caído, mas é ai que voltaremos àquelas “perguntinhas” que nossos medos nos propõem, e é ai que eu digo, treinar corpo é importante, treinar impulsão é ótimo, força nem se fala, mas é a nossa mente, ésta que está em constante provação em um treino, ela que nos torna realmente fortes, ela que analisa (ou pelo menos deveria), mostra-nos o que podemos e o que ainda poderemos, basta saber esperar, “basta respeitar suas limitações, e não subestima-las, o tempo passa pra todos, não cabe a nós querer o saber sem tê-lo conquistado”. Treinar...Refletir...Treinar...Treinar...Não sei se eu mesmo, já controlo meu ego, acima de meus medos, cabe a mim, tentar é claro, não tem como sermos hipócritas em dizer, que não role uma certa competitividade mas este é outro assunto...
Sem, mas...
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